Em 25 de julho de 1992, mulheres negras de 32 países se reuniram na República Dominicana para dar visibilidade à luta contra opressão de gênero, exploração e racismo em terras latino-americanas. Desde então, a data representa o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha...
Essa mesma data foi instituída no Brasil como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, em 2014, em homenagem à importante líder da luta antiescravista no país, no século 18, em Mato Grosso.
Esta é acima de tudo uma data para reforçarmos reflexões.
No Brasil, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que mais da metade da população brasileira é negra, e que as mulheres negras representam 28% da população.
Sendo assim, por que esses números não se refletem nos ambientes e práticas outdoor no Brasil, e também não se refletem em outras formas de relação com o mundo outdoor, como nas pesquisas acadêmicas ou empregos formais e empreendedorismo?
As dinâmicas excludentes do racismo e sexismo continuam a dar o tom no universo outdoor, não apenas no Brasil como em toda a América Latina, e muito pouco tem sido feito para mudar.
Assim, é mais que necessário conhecer e apoiar as poucas iniciativas que buscam por mudanças se você está realmente interessado por mudança, para que as datas que hoje usamos com foco na reflexão tornem-se no futuro datas de comemoração e celebração apenas.
E apoie as mulheres negras no mundo outdoor, elas existem ou anseiam por existir, e trazem consigo todo o poder da mulher negra, que como disse Angela Davis, "são a força que, quando se movimenta, move o mundo todo"!
Artigo de Denilson Silva @savagesatori sociólogo e criador do Negritude Outdoor, um movimento coletivo negro de esportes e atividades ao ar livre, que trabalha para celebrar e expandir a presença e protagonismo de pessoas negras no universo outdoor brasileiro, em todas as escalas. Um ato por representatividade, diversidade e empoderamento!
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